Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo, na Sicília (Itália) acolhe um dos museus mais emocionantes e originais do mundo.
Essas catacumbas “guardam” os restos de mais de oito mil mortos, a maioria da elite local , o clero, a nobreza e os representantes das várias profissões. Esta é uma das mais famosas exposições de múmias.
As catacumbas existem desde 1599 quando foi enterrado um monge com reputação de santo para ser orado e visitado, o irmão Silvestro de Gubbio.
1. No final do século XVI, O número de habitantes do mosteiro capuchinho cresceu considerávelmente, e com ele a necessidade de um cemitério decente e espaçoso para os monges. Para isso, foi adaptado um tipo de cripta sob a igreja do mosteiro.
1. No final do século XVI, O número de habitantes do mosteiro capuchinho cresceu considerávelmente, e com ele a necessidade de um cemitério decente e espaçoso para os monges. Para isso, foi adaptado um tipo de cripta sob a igreja do mosteiro.
Aos poucos isso foi se tornando uma tradição local, a tal ponto que muitos deixavam instruções no seu testamento sobre as roupas que queriam usar depois de mortos.
Doadores e benfeitores do mosteiro também expressaram o desejo de ser enterrados nas catacumbas. Para isso foram escavados "cubículos" e até mesmo "prateleiras" para acomodar os corpos. Até 1739 as permissões para o enterro nas catacumbas de Palermo eram emitidas pelos arcebispos, chefes dos Capuchos. Nos séculos XVIII, XIX as Catacumbas dos Capuchinhos tornou-se um cemitério de prestígio para o clero, a nobreza e as famílias burguesas de Palermo.
As catacumbas dos Capuchos foi oficialmente fechada para sepultamentos somente em 1882. Durante três séculos, neste cemitério exclusivo, foram enterrados cerca de 8.000 moradores de Palermo - o clero, monges e leigos. Depois de 1880, somente pedidos excepcionais foram autorizados para enterro nas catacumbas e mais alguns mortos foram colocados lá, incluindo o Vice-cônsul americano Giovanni Paterniti (1911), que morreu em Palermo, na Itália e o corpo incrívelmente conservado de Rosalia Lombardo, uma menina de 2 anos, são as principais atrações das catacumbas.
4. Já no século XVII, ficou claro que a singularidade do solo e da atmosfera das catacumbas dos capuchos evitavam a decomposição dos corpos. O método básico de preparação dos corpos para a colocação nas catacumbas era secando-os em câmaras especiais (collatio) durante oito meses. Após este período os restos mumificados eram lavados com vinagre e vestidos com as melhores roupas (as vezes escolhidas pela própria pessoa ainda em vida através do testamento), e colocado diretamente nos cubículos dos corredores e Catacumbas. Alguns corpos eram colocados em caixões, mas na maioria dos casos os corpos foram pendurados, expostos ou colocados em nichos ou prateleiras nas paredes.
5. Nos tempos das epidemias o método de preservação dos corpos mudou drasticamente: os restos dos mortos eram imersos em soluções diluídas contendo cal ou arsênico.
Seu pai pediu então ao médico Dr. Alfredo Salafia, um reconhecido embalsador, para a preservar.
Rosalia tornou-se assim num dos últimos corpos a ser admitidos nas Catacumbas.
Até recentemente era um mistério o porquê de Rosalia Lombardo não entrar em decomposição como o resto dos corpos das catacumbas vizinhas. Ela parece estar dormindo serenamente.
O processo de embalsamento foi mantido em segredo. Julga-se que o médico usou métodos tradicionais, ligeiramente alterados, dado o seu conhecimento médico.
Recentemente uma equipe de especialistas da National Geographic Magazine teve acesso ao corpo e usando métodos científicos conseguiu determinar a formulação desenvolvida pelo Médico Alfredo Salafia.
A mistura consistiu em formol, sais de zingo, álcool e glicerina. E a grande diferença dos outros métodos foi que ele adicionou outro ingrediente: Aspirina!
De acordo com um diário que foi encontrado, Salafia descreveu que injetou essa mistura sob pressão na artéria e vasos sanguíneos, além disso, os orgão internos da "Bela Adormecida" (como é conhecida Rosália), foram mantidos.
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