Indiano disponibiliza ferramenta para invadir Facebook
FBController permite controlar várias contas do Facebook ao mesmo tempo, burlando a segurança adicional do site contra injeção de cookies
Leonardo Brito | 07/05/2009 - 17h10
Azim Poonawala, de 26 anos, é o criador do FBController, um programa que usa cookies para acessar uma conta do Facebook. O indiano, conhecido na internet como Quaker Doomer, liberou a ferramenta em seu blog. Auxiliada por um ataque que consiga capturar os cookies do internauta, a conta pode ser acessada facilmente.
Facebook é um site de rede social norte-americano, tão popular nos Estados Unidos quanto o Orkut no Brasil. Embora seja normal o acesso não-autorizado a qualquer site quando há posse dos cookies de um usuário — a chamada “injeção de cookies” –, o FBController automatiza algumas tarefas adicionais que são necessárias para conseguir isso no Facebook. O roubo dos cookies, no entanto, ainda terá de ser feito de alguma forma.
Os cookies são dados temporários do site acessado, armazenadas no computador do usuário. O FBController é capaz de usá-los para invadir a conta da vítima. Apesar do cookie estar no computador do usuário, ele pode ser obtido por terceiros por meio de Cross-site scripting (XSS), sniffing de redes, ou acessando diretamente proxies abertos onde há referências aos cookies.
O sniffing de redes, ou network sniffing, consiste em usar um software ou hardware específico que capture e decodifique cada pacote transmitido na rede desejada. Pode ser usado mais facilmente em redes sem fio (Wi-Fi). Já o XSS é o uso de código malicioso a partir do site alvo, nesse caso o Facebook. XSS requer a existência de brechas na página para que o malfeitor consiga essa façanha.
Jeremiah Grossman, chefe de tecnologia da WhiteHat Security, empresa provedora de segurança para sites, acredita que o objetivo da ferramenta é o controle de grande quantidade de contas simultaneamente. “A mera existência de uma ferramenta como esta me leva a acreditar que um número enorme de contas do FaceBook foram e continuam a ser comprometidas”, diz Grossman. O criador da ferramenta negou que esse fosse o propósito, e diz não considerar a ferramenta maliciosa.
Tópicos Relacionados: |
.
0 comentários :
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante para nós!
Todos podem comentar.
Obrigado pela sua visita!